FRITOS NA HORA - Janela Indiscreta

Um filme sem precedentes. Isso que digo sobre Janela Indiscreta, um clássico de Alfred Hitchcock, que conta a história do repórter fotográfico L. B. Jeffries (James Stewart) que está com a perna quebrada e por isso preso a uma cadeira de roda. Como único passatempo ele explora o cotidiano dos seus vizinhos através da janela e através do seu olhar que acompanhamos todo o filme, inclusive o grande mistério que cerca a história.





Não preciso dizer aqui, mas acho necessário me repetir ao dizer que um dos meus atores clássicos preferidos é James Stewart, um cara que representa claramente uma pessoa comum, motivo este que fez jus a sua escolha como astro por Hitchcock. Além disso, a escolha da bela Grace Kelly como par romântico de Stewart para o filme foi uma decisão muito sábia, a sua beleza é encantadora e fica claro porque tantos homens se apaixonaram por ela na época.





Voltando a história, como disse acima, a perspectiva de todo o filme pelos olhos de uma pessoa presa a uma cadeira de rodas foi uma grande sacada, e podemos através dos olhos do personagem acompanhar suas suspeitas, seus pensamentos e principalmente sua limitação. Uma aposta de Hitchcock foi o voyeurismo das pessoas que se sentiram como o personagem principal e cada vez mais querem observar. E o que não falta na história são pessoas interessantes na janela: o compositor que sempre insiste na mesma melodia, a mulher solitária que busca alguém, a bela e sedutora bailarina cobiçada por todos, o casal recém-casado e por fim o vendedor e a esposa (que se tornam o centro da história).





Uma curiosidade sobre o filme é que o térreo do apartamento que observamos da janela de Jeffries foi construído no sotão do estúdio, desta forma o cenário foi construído partindo do subsolo e através da perspectiva temos a impressão do prédio sendo maior do que realmente é.





O filme recebeu 4 indicações ao Oscar, sendo nas categorias de melhor fotografia colorida (Robert Burks), melhor diretor (Alfred Hitchcock), melhor trilha sonora e melhor roteiro (John Michael Hayes).

Não preciso dizer que o filme é muito bom e que você que gostou daquela porcaria chamada "Paranoia" vai se surpreender com um filme melhor e com atores muito mais marcantes e competentes.