Um final de semana com feriado é a melhor opção para poder botar em dia as suas séries preferidas e nesse caso, graças a Netflix, tive a oportunidade de assistir à “Jessica Jone”, a nova aposta da parceria com a Marvel. Dessa mistura já tinha saído a ótima “Demolidor”, uma série muito boa que soube tirar um pouco daquela impressão infantil que os personagens da Marvel estavam começando a ter.
Bem, voltando as novidades, “Jessica Jones” explora uma personagem meio novata no universo Marvel, criada pelo pop Brian Michael Bendis, a protagonista do seriado ganhou uma revista depois que um pedido de HQ sobre a Mulher Aranha foi negado, sendo assim Bendis resolveu criar uma personagem, nesse caso uma detetive desbocada, com super poderes e com um passado de muito abuso nas mãos de um vilão.
A série em quadrinhos é uma das melhores HQs que li na linha Max, tinha ótimos personagens, enredos muito bons, e a Jessica, é com certeza uma daqueles personagens, que não tem como torcer contra, a forma como ela foi se desenvolvendo junto com Luke Cage dentro do Universo Marvel, é um exemplo de que bons personagens podem sim fazer parte do maior escalão da editora, mesmo não sendo tão poderosos.
Para o papel de Jéssica, a escolhida foi Krysten Ritter que os fãs de Breaking Bad podem lembrar-se pela sua participação na série. Como elenco de apoio temos ainda Rachael Taylor, vivendo Trish Walker a melhor amiga de Jéssica. Mike Colter no papel de Luke Cage, e David Tennant dando vida a Killgrave, o grande vilão da série.
Em termos de personagens, devo dizer que a série caprichou, todos têm um motivo de para ali, até mesmo alguns irritantes que acabam se tornando gatilho para outras tramas. A série também leva seus méritos por tratar bem uma personagem feminina, e isso fica claro com a forma como Jéssica é mostrada, em nenhum momento ela se desenvolve como uma mulher frágil ou mesmo como uma donzela em perigo, essa parece ser um das situações que ela mais foge, por sinal.
Quanto a trama, achei a história central muito interessante apesar de pensar que o vilão Killgrave, para todo o sadismo que prometia pareceu até uma pessoa moderada, afinal, com o poder que ele tem talvez pudesse ter ambições maiores. Já as tramas paralelas como a relação de Trish com a mãe, ou da advogada dominadora com a esposa, foram mais simples. Acho que seria legal vermos Jéssica explorando mais seu lado detetive, e quem sabe vermos ela atuando em casos mais comuns e menos heroicos, situação que víamos mais nos quadrinhos e um ponto que sempre gostei da personagem.
No geral, a série é bem construída, em alguns momentos ela peca por tentar ter uma pitada dos filmes mais recentes da Marvel que exploram mais a comédia do que a ação, eu ainda acho Demolidor uma trabalho mais interessante, por ter uma atmosfera mais sombria e um elenco de apoio mais forte. Resumindo, quem leu até aqui deve estar curioso em saber se a série vale a pena. Bem, devo dizer que gostei muito da trama principal e em alguns momentos a história criou um pouco de barriga, mas com certeza isso não chega a destruir o resultado final.
Nota do Fábio Campos - 7,5 - Calmaaaaa ainda não acabou
E para finalizar, vou soltar alguns easter eggs que a série tem e acho legal dividir com vocês, vou separar por categorias ok?
Quadrinhos:
Trish Walker: Na série é mostrada como a melhor amiga da Jessica Jones, nos quadrinhos, a ligação entre as duas não existe, e Trish é mais uma daquelas heroínas de segundo escalão, que ganha seus poderes de maneira mais idiota ainda, e adota o nome de Gata Infernal, o nome é bem tosco também, e a forma como ganha os poderes pior ainda.
Angela Del Toro: Mencionada bem de passagem em um dos episódios por Jéssica, como sendo uma investigadora muito boa, bem nos quadrinhos ela é uma detetive, conhecida como Tigre Branco; que faz parte do universo do Demolidor nas HQs
Quadro do Stan Lee: Na delegacia que a personagem tem um dos embates com Killgrave, no fundo podemos perceber um quadro do Stan Lee, o mesmo que vimos na série do Demolidor.
Will Simpson: O namorado da Trish (interpretado pelo Wil Traval) tem tudo para ser o “Bazuca” um ex-combatente de Guerra que é manipulado pelo governo para intervir em algumas situações, nas HQ’s ele tem uma participação importante em uma história do Demolidor.
Jeri Hogarth (Carrie-Anne Moss): Outra personagem que também tem presença nos quadrinhos, ela faz parte do núcleo do Punho do Ferro, o único dos futuros defensores que não apareceu ainda. Existia um boato que sua série seria trocada pela do Justiceiro, coisa que a Marvel negou a pouco tempo.
Detetive Clemons: Ele tem uma participação em uma história do Justiceiro escrita pelo Greg Rucka
Menção a Safira; Nos quadrinhos Jessica Jones chegou a ser uma super heroína de uniforme e tudo, e um pouco dessa brincadeira acaba surgindo em um dos episódios, quando em uma conversa com Trish vem a sugestão do nome e do uniforme.
Da Marvel dos cinemas
Menção aos Vingadores: Por vários momentos é mencionado o grupo de heróis, porém em nenhum são chamados de Vingadores, em boa parte se referem a eles, como o grupo do cara verde e do cara com a bandeira no peito.
A enfermeira Noturna: A ligação com o universo da Marvel dentro das séries da Netflix, ganha força com a presença lá no ultimo episódio da Rosario Dawson, que volta ao seu papel de Claire Temple, ajudando os heróis machucados. Seria ela a versão do Nick Fury de saias? Servindo como ponto de ligação das séries.
Policial Mahoney o amigo do Demolidor: outro personagem que aparece na série é aquele policial que fornece pistas ao Demolidor em sua série, ele está na delegacia, quando Jessica é atacada por Kilgrave.
Bem é isso, caso alguém de lembre de algo mais, me avise, e colocaria aqui na resenha e ainda creditarei :D.
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