O cinema nacional tem tentado se reciclar, contando histórias um pouquinho mais diferentes, e que fogem um pouco do lugar comum que estamos acostumados, não só explorando, a favela, o sexo, as drogas e várias situações que já estamos cansados de ver por ai.
“O Júlio Sumiu” é um filme que resolveu ficar no lugar seguro, então por isso, apostou em tudo que a gente está cansado de ver, seja através da favela, com um traficante que parece ter saído do longa “Cidade de Deus”, o que não é tão mentira já que o interpreta é o famoso Zé Pequeno, agora barrigudo Leandro Firmino, e os policias que parecem terem saído da ala podre da policia como vimos em Tropa de Elite, para fechar ainda tivemos uma gostosona qualquer, papel esse que ficou com a Carolina Dieckmann e uma família que lembra um pouco o núcleo da série Grande Família.
A trama do filme é sobre um garoto chamado Júlio, que um dia desaparece deixando sua mãe (Lilia Cabral) muito preocupada, para tentar encontrar o filho ela e a família acabam se metendo com bandidos, policias corruptos e viciados, tudo isso explorando os vários estereótipos que temos por ai, o longa além de ser recheado de piadinhas de gosto duvidoso, tem ainda o demérito de não acrescentar nada a quem está assistindo e nisso incluo até a diversão.
Não sou fã do politicamente correto, mas tenho que admitir que usar um negro como traficante, a figura do policial carioca como corrupto e o pessoal da classe média como figuras meio que fazendo o que querendo e não sendo atingida por nada, uma maneira babaca de encarar o mundo. Porém desconsiderando essa preocupação com o social, o filme ainda peca por não ter uma trama interessante, e que não se decide sobre o que quer fazer. Com certeza não indico para ninguém. O melhor é que nas cenas finais o próprio elenco parece rir da bomba que foi o filme.
Nota do Fábio Campos - 0,5
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