Regina Casé há tempos acabou se tornando para muitas pessoas um símbolo do brega, contudo, não sei se compartilho desse estereotipo que várias pessoas o têm. Conheço alguns trabalhos interessantes de Regina Casé, e creio que o primeiro contato que tive com alguma atração estrelada por ela foi no interessante “Brasil Legal”, um programa de variedades que ela sabia conduzir muito bem e que foi um sucesso entre 95 e 97. Atualmente ela apresenta o programa “Esquenta”, o qual, devo dizer, não me tem entre as fileiras dos fãs. Pois bem, deixando de lado seu atual trabalho na televisão, vou falar um pouco de sua carreira no cinema.
Há pouco tempo Regina Casé foi premiada devido ao seu trabalho em “Que horas ela volta”, atuou também no interessante “Eu, tu e eles” no qual ela divide a tela com figuras importantes da dramaturgia nacional, como Lima Duarte e Stênio Garcia. Também não posso me esquecer do famoso “Sete Gatinhos”, baseado na peça de Nelson Rodrigues, no qual ela aparece completamente nua em algumas cenas.
Bem, falei um pouco sobre a carreira de Regina Casé no cinema para não parecer tão desagradável em relação a critica que irei fazer ao péssimo “Made in China”, um filme cuja produção parecer ter sido feita numa garagem, tamanha a falta de ousadia do roteiro que poderia, assim como o interessante “Um conto chinês”, brincar um pouco com os costumes desse país oriental que hoje em dia faz parte das nossas vidas através de seus produtos. Contudo, a solução adotada para contar a história foi a mais simplista possível, desenvolvendo uma trama cheia de romances cariocas e calcada em estereótipos, tanto em relação aos chineses, quanto em relação aos turcos e às mulheres brasileiras. Para coroar tudo isso, Regina Casé tem uma atuação detestável, recheada de gritos e com uma presença que chega a ser insuportável, na qual parece querer ser onipresente na história.
Com certeza esse é um dos piores longas nacionais que já vi, com péssimas atuações e um roteiro fraquíssimo, além disso, a direção de Estevão Ciavatta foi digna de um daqueles quadros sem graça de Zorra Total. Lamentável que ele tenha resolvido apelar para uma solução fácil de rir do estrangeiro, ao invés de explorar um pouco os seus costumes para criar o humor.
Nota do Fábio Campos – 3,0
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