Richard Pryor e Gene Wilder conquistaram vários fãs com uma parceria que rendeu bons filmes. Creio que um dos quais todo mundo mais se lembra seja “Cegos, Surdos e Louco”. Além desse clássico muito reprisado no SBT, temos ainda outros três filmes da dupla: “O expresso de Chicago”, “Um Sem Juízo, Outro Sem Razão” e “Loucos de dar nó”, longa que irei falar hoje.
Neste clássico de 1980 os dois amigos fazem o papel de aspirantes a atores que acabam se envolvendo em uma confusão em que, ao levarem a culpa por um roubo a banco, sem conseguir alegar defesa no tribunal, vão parar na prisão, onde acabam então se envolvendo com mais e mais problemas.
Uma coisa que adoro em filmes mais antigos de comédia é a linguagem sutil, o humor não se apoia em cenas de sexo ou escatológicas para contar uma história. A trama se costura com uma linguagem bem mais simples e se apóia ainda mais no talento dos atores. Nesse quesito, aqui podemos destacar os ótimos momentos do personagem de Gene Wilder, que consegue entregar as melhores cenas do filme; já Pryor, apesar de excelente comediante, não se desenvolve tanto e em alguns momentos percebe-se nele claramente na figura de escada, coisa que ele desenvolve muito bem.
Para os padrões atuais acho o filme bem interessante, porém é o tipo de comédia que hoje em dia agrada a poucos, pois tem algumas piadas e situações datadas, e isso pode comprometer o sentido do contexto, contudo para mim funcionaram muito bem.
Nota do Fábio Campos – 6,5
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