Poucas vezes vi um filme de ficção científica que consegue lidar com o tema fé de maneira tão interessante e bem feita como o pouco conhecido “Universo no Olhar”.
Desenvolvido através do ponto de vista de um cientista cético em relação a Deus e a origem da vida, interpretado pelo instável Michael Pitt, a trama se desdobra quando ele, que é um grande pesquisador da íris ocular, se apaixona por uma mulher chamada Sofi (Astrid Berges-Frisbey) que tem convicções bem diferentes das dele.
Bem, como disse acima, o filme é muito interessante, no seu início ele se mostra arrastado e com um linguajar técnico que em alguns momentos achei até mesmo extremamente maçante, porém quando ele se propõe a desenvolver os personagens e os relacionamentos entre si, ele consegue evoluir. Os momentos finais, e o ponto em que o filme tem sua grande virada, são os melhores momentos. Gosto muito quando uma trama consegue me fazer parar um pouco e refletir, e “Universo no Olhar" conseguiu isso.
A direção do filme é de Mike Cahill, que também dirigiu o curioso “A outra terra”, uma história também paralela, mas que ao fim apresenta ensinamentos.
Para quem está em busca de um longa reflexivo, com certeza vai encontrar aqui uma boa opção. Se não quer chorar, não creio que este filme seja a melhor opção, afinal, em alguns momentos ele se leva no drama e chega mesmo a chocar.
Recomendo a quem for assistir que acompanhe a cena pós créditos, que é muito interessante e que pode ser uma grande ideia para desenvolvimento do assunto tratado.
Nota do Fábio Campos - 7,0
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