O mordomo da Casa Branca é um daqueles filmes que consegue surpreender você. Eu pelo menos assisti e fiquei imaginando: “nossa como deve ter sido a vida desse cara, ele conheceu vários presidentes, a mulher o traiu, o filho o condenava, ele sempre foi tratado como um rejeitado e ainda sofreu tantas derrotas na vida”, com certeza uma história que merece atenção.
Eis que o longa faz uso de um dos maiores males dos filmes baseados em fatos reais, ele romanceia demais. Não duvido que Cecil Gaines tivesse uma história interessante o suficiente para virar filme, mas acho desnecessário querer deixar tudo mais interessante, casando momentos históricos com a vida dele e, forçando situações que depois vim a saber que nem aconteceram. Para se ter uma noção ele só teve um filho, enquanto no longa são retratados dois.
O que mais me frustrou é que o filme tem um roteiro legal, que tem toda essa pegada de mostrar o racismo norte americano, e um tom meio “Forrest Gump” de inserir Cecil em momentos importantes dos presidentes. Não bastasse isso, vale destacar o elenco muito bom que é encabeçado pelo Forest Whitaker e a Oprah Winfrey. Além deles tem diversos atores famosos como Cuba Gooding Jr, Terrence Howard, Robin Willians, John Cusak e o Alan Rickaman.
Apesar de decepcionar um pouco com a parte inventada da história, o filme não é ruim. Não chega a ser um clássico, mas cumpre bem sua função de passar um pouco de informação e entreter. Fica a dica para quem quer ver um bom drama, sem muita raiz verdadeira.
Escrito por Fábio Campos
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