Releitura da obra dos Irmãos Grimm, ‘A Garota da Capa Vermelha’ promete uma versão mais adulta (ou podemos dizer, adolescente) e séria, mas sem deixar para trás elementos do livro. Na nova trama, um lobo assombra o pequeno vilarejo há muitos e muitos anos, e após um longo período sem vítimas humanas, ele inexplicavelmente começa a atacar inocentes. Em meio a isso temos Valerie (Amanda Seyfried), que apesar de estar apaixonada pelo lenhador Peter (Shiloh Fernandez), também está prometida para Henry (Max Irons).
Antes de assistir ao filme, eu havia lido críticas ruins, comentando sobre a referência a Crepúsculo e até sobre os efeitos especiais. Não concordo, e talvez por estar com um certo preconceito antes de finalmente assisti-lo, acabei me surpreendendo com o enredo e gostei do filme.
As semelhanças com a série de vampiros é mínima, e não deveria ter sido relatada pelos críticos. Talvez tenham identificado igualdades com as gruas e tomadas altas que a diretora (comum entre os dois filmes) gosta de fazer, ou com o fato de ter um lobo e a donzela em perigo, o que é ridículo, pois inúmeros filmes, antes ou depois da Saga Crepúsculo, seguiram essa linha.
De qualquer forma, “A Garota da Capa Vermelha” consegue prender a atenção, principalmente por ter um mistério em torno de quem seria o lobisomem. Ao transformarem muitos personagens em suspeitos, deixa o expectador na base da adivinhação e confesso que não acertei em nenhuma de minhas hipóteses. Gostei também das insinuações com a obra original, não somente a capa em si, mas as falas, personagens. Não se tornou algo infantil, sim algo original.
Em minha opinião, apenas o romance pode se tornar um pouco entediante, com o clichê do amor proibido, e do casamento arranjado. Mas as garotas adolescentes provavelmente irão aproveitar, já que a escolha dos pretendentes foi bem feita e os dois são charmosos.
Enfim, o filme não é grandioso, mas para aqueles que gostam do gênero, é uma boa pedida.
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