Escrever sobre um ator que eu admiro é complicado. Escrevi sobre diversos aqui no blog, mas, com certeza, o escolhido de hoje é o meu preferido. Antes de começar, vou contar uma pequena passagem da minha vida de cinéfilo:
Há alguns anos, tinha o costume de ir a uma locadora próxima da minha casa e aproveitar uma promoção deles e alugar 7 filmes de uma vez, assistia-os no período de uma semana. O problema é que, com essa minha técnica, começaram a se tornar escassas as minhas opções. Sempre tive um tabu com filmes antigos e alguns gêneros, quem me conhece sabe que sou bem objetivo. Conto toda essa passagem para mostrar o meu primeiro encontro com os filmes de faroestes, me lembro que um dos funcionários da locadora me recomendou o filme "Era uma vez no Oeste" para eu levar ao meu pai, que sempre pedia um filme para ver. Eu, muito solícito, acabei alugando e, após assistir aos meus 6 filmes, resolvi ver esse. Nem preciso dizer que foi paixão à primeira vista com esse gênero e daí para frente sempre alugava filmes de faroeste.
O grande ponto dessa história, foi quando aluguei "Três Homens em Conflito", nele me vislumbrei com as atuações de Lee Van Cleef, Eli Wallach e Clint Eastwood. Resolvi então buscar a famosa trilogia do "Homem sem Nome", a apartir dai, me tornei fã de não só de Sergio Leone, como de Clint Eastwood "o mais durão dos cinemas".
Agora que contei a história, vou falar mais sobre o Sr. Eastwood:
Clint Eastwood era um cara comum, tendo trabalhado em diversas profissões e servido no exército. A cara de homem marcado e durão lhe rendeu papéis sempre de personagens corajosos e violentos, e claro que logo entrou no gênero faroeste (que estava em ascensão nos anos 50 e 60), e acabou ganhando destaque exatamente pela trilogia do Homem Sem Nome nos ótimos filmes "Por um Punhado de Doláres", "Por uns Doláres a Mais" e "Três Homens em Conflito" ou como alguns traduzem "O Bom, o Mau e o Feio", se consagrando com o gênero Western. O segundo destaque da sua carreira viria alguns anos depois.
Em 1971, ele resolveu interpretar um policial violento de São Francisco, o nome desse personagem era Dirty Harry, e se tornou um sucesso, popularizando a frase abaixo:
O filme fez tanto sucesso que gerou quatro sequências: Magnum Force, Sem medo da morte,Impacto Fulminante e Dirty Harry na Lista Negra.
Outro sucesso que marcou Eastwood foi o filme Alcatraz - Fuga impossível, no qual interpretou Frank Morris, o único homem a fugir de Alcatraz. Com certeza um filmaço.
Em 1988, dirigiu o premiado Bird, que conta a história do saxofonista Charlie Parker. O filme premiou Forest Whitake como melhor ator no Festival de Cannes.
No início dos anos 90, estrelou e dirigiu "Os Imperdoaveis" meu filme preferido dele (que até já falei aqui e aqui no blog) sem dúvida. A produção recebeu os Oscars de melhor filme, melhor diretor, melhor ator coadjuvante (Gene Hackman) e melhor montagem.
Outros filmes de destaque em sua carreira são "Um Mundo Perfeito", em que atuou com Kevin Costner. O preferido das mulheres "As pontes de Madison" no qual fez par com Meryl Streep e Cowboys do Espaço, com um elenco repleto de atores veteranos como Tommy Lee Jones, Donald Sutherland, James Garner e James Cromwell.
Citei acima a direção de Eastwood nos filmes Bird e Imperdoáveis (em que ganhou o Oscar), mas a carreira do ator como diretor rendeu mais trabalhos. Foram filmes como "Sobre Meninos e Lobos" uma história forte sobre violência e traumas de infância. Depois veio "Menina de Ouro" em que também atuou, o filme foi um sucesso e recebeu os Oscars de melhor atriz, melhor ator coadjuvante, melhor diretor e melhor filme.
De um projeto sobre a guerra nasceram o médio "Conquista da Honra" e o excelente "Cartas de Iwo Jima". Ainda é possível somar ao repertório de Clint o burocrático "A Troca" com Angelina Jolie e Invictus, que conta a história de Nelson Mandela e sua relação com o Rúgbi na África do Sul.
Deixei por último Gran Torino por ser o seu último papel como ator, e também uma história que desconstrói o mito do Eastwood. O personagem de Walt Kowalski tem um final que seria digno de todos os papeis que ele representou com uma cena que foge do que estamos acostumados em relação ao seu trabalho.
Quem chegou ao final do post pode achar longo, mas, com certeza, para falar da carreira desse ator/diretor, foram poucas linhas. Resolvi terminar o post com uma cena do filme "O Destemido Senhor da Guerra"
Vai dizer que o cara não é o mais durão de Hollywood?
0 comentários:
Postar um comentário