Aterrorizante. Brutal. Realista. Nauseante.
Talvez estas sejam as palavras e sensações que se passam pela cabeça de alguém após assistir Irreversivel.
Dirigido por Gaspar Noé e contando com Vincent Cassel, Albert Dupontel e Monica Belucci no elenco, é um icone quando se trata de polêmica cinematografia. Há quem o adore, há quem o odeie, mas com certeza não é possivel permanecer indiferente após esses 99 minutos de visceralidade.
É difícil detalhar a história por alguns motivos como: o filme se passa em ordem inversa (do "fim" para o "começo", mesmo que depois de um tempo questionemos essa definição) e sua história se passa em apenas um dia. Portanto, como resumo, podemos dizer apenas que o foco do longa é a perseguição de Marcus ao homem que acaba de estuprar sua mulher, Alex, junto dele está Pierre, amigo de longa data e ex namorado da garota.
Ao assistirmos as sequências de cenas, tamanha é brutalidade (quando não físicas, morais) que, em meio à imagem rodopiante das cameras, cores, ambientes, gritos, nos sentimos alí, juntos à agitação dos personagens, à confusão frenética das ações.
Na verdade, ao menos para mim, no final do filme o que ficou não foi só a nausea ou o choque, mas também uma infinidade de questões. Até que ponto a animalidade do homem se sobrepõem à racionalidade? Seriam todos esses eventos encadeados por algum comportamento? Seriam acasos? Seria o homem, realmente, como diz Russel, influênciado pela sociedade ou, no fundo, somos todos por natureza potêncialmente perigosos?
É por isso que recomendo este filme, para que por alguns minutos possamos nos virar para o lado sujo da vida e engolir uma boa dose de realidade.
O artigo acima foi escrito pelo nosso colaborador Luiz Fernado Pierotti
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