Essa temporada de Walking Dead começou dando continuação a saga da prisão, mostrando de um lado o grupo do Rick (Andrew Lincoln), tentando sobreviver a prisão, após a fuga do governador (David Morrissey). No início, como em todo o início de temporada da série, o ritmo foi arrastado, com pouca coisa acontecendo, de destaque, embora vale mencionar a doença que se alastrou na prisão e terminou com o afastamento de Carol (Melissa McBride), além do final do primeiro arco no qual finalmente tivemos o desfecho do Governador e a morte do Hershell (Scott Wilson). O segundo momento da série novamente começou arrastado e explorando mais a ligação dos personagens entre si, o amor da Maggi (Lauren Cohan) e Glen (Steven Yeun), o lado doce do Daryl (Norman Reedus) isso só para citar alguns momentos mais mornos, porém tivemos cenas tensas como toda a história das irmãs (uma muito pura e outra uma psicopata), a tentativa de estupro do Carl (Chandler Riggs) e a liberação da raiva do Rick, mostrando que ele pode ser "porra louca" também.
Bem, considerando o todo, essa temporada foi bem melhor que a segunda, que foi a pior de todas para mim, e conseguiu chegar no mesmo nível da terceira, que é bem mais ou menos. Aos mais fãs da série que falam que tenho de entender que a série não é sobre zumbis (mas sim sobre as pessoas e suas relações), deixo claro que tento entender isso, porém mesmo assim o roteiro é fraco, com muitas cenas piegas, existindo uma necessidade de cada vez mais inserir personagens super-fodões que acabam deixando a série com um tom que beira filmes B, mas bate na trave por conta do drama todo.
Eu creio que o que falta a Walking Dead não são personagens bons, afinal eles tem vários, mas sim uma história interessante. Parece que os produtores tem uma pressa em chegar em algum lugar e depois que chegam querem logo que acabe para irem a outro, e isso cansa. A saga do Governador foi toda assim, parecia que sempre tinha de ser levada a outro estágio e mais outro, e no final acabou se tornando uma decepção, pelo menos para mim. Espero mesmo que na próxima temporada o povo de Terminus seja mais interessante que o pessoal da Fazenda ou de Woodbury e que não seja necessário matar um personagem importante para que a série chame a atenção.
Escrito por Fábio Campos
1 comentários:
Na verdade acho que o grande problema de Walking Dead na TV é a troca constante dos showrunners... se não me engano, em 4 temporadas, já trocaram umas 5 ou 6 vezes. Daí fica difícil mesmo manter a coisa toda coesa, pois uns queriam que não seguisse tanto a narrativa dos quadrinhos, dai vem outro querendo ser mais fiel e tendo que fazer um monte de episódio só pra remendar as merdas que o showrunner anterior fez.
No entanto, uma coisa que nunca muda em Walking Dead é essa questão de arcos que sobem e descem. Quem lê os quadrinhos, já se acostumou a isso. E também a questão de "personagens importantes", sabemos que não existem personagens importantes em Walking Dead, exceto Rick. De resto todos estão sujeitos a ir pro limbo do nada, assim como em Game of Thrones.
Mas no geral, creio que a 4a. temporada, apesar de começar morna, encontrou o ponto ideal. O final da 4a. temporada, me pareceu bem pastelão, e pra mim a coisa mais B de toda a temporada. Os caras no telhado atirando no chão e o barulho de bala ricochetando remeteu aos filmes do Steven Seagal. Mas quem lê TWD, tá ligado que esse grupo novo é bem insano. Vamos ver o que farão na TV.
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