Antes de começar a falar da série, tenho que confessar que tinha visto seu primeiro episódio há uns 3 anos trás e achei legal, mas acabou passando, por isso quando vi todo mundo elogiando resolvi que era hora de retomar e assistir tudo novamente. Já tinha tido uma experiência “binge” (como os americanos chamam esse hábito de assistir vários episódios de uma série de uma vez só), porém nunca em um tempo tão curto, afinal quando resolvi assistir todos os episódios faltavam somente dois para o final da série, por isso, durante quase duas semanas eu passei noites e manhãs de sábados e domingo assistindo a “Breaking Bad”. Sobre essa situação é engraçado como os momentos legais da série são um pouco perdidos, pois eu não tinha aquela expectativa, terminava um já emendava outro e não havia aquela tensão tão boa, que só fui sentir no último episódio, o qual tive de esperar 12 horas para poder assistir e acompanhar o encerramento brilhante dessa grande série.
Agora falando um pouco sobre a série em si, devo dizer que a forma como ela é contada, seguindo uma sequência perfeita de tempo, foi um enorme acerto. Todo o processo de “monstrificação” do protagonista que durou, no universo da série, praticamente dois anos, mas que para quem acompanhava foram longos 5 anos, criava a cada final de temporada uma expectativa enorme.
Devo elogiar ainda a escolha do cast, sinceramente adorava o ator Bryan Cranston como o Al em “Malcom in the Middle” lembrava também das suas participações em “Seinfield” sempre em papeis cômicos, talvez por isso logo de cara sentisse simpatia pelo seu Walt White, um loser, que aos poucos se torna um perigoso elemento da sociedade. É claro que uma boa série não pode depender só do protagonista, é necessário um elenco muito bom e “Breaking Bad” se saiu muito bem nesse quesito, ou alguém acha que a “certinha” Skyler ficaria bem interpretada por outra atriz que não a talentosa “Anna Gunn”, ou mesmo que alguém faria um Walt Jr melhor que RJ Mitte. Ainda não podemos esquecer da Betsy Brandt e do Dean Norris, dois atores que cresceram e muito ao longo da temporada
Partindo agora para o lado dos bandidos tivemos o brilhante Aaron Paul, que nos apresentou Jesse Pinkman, o drogado mais azarado das séries.
Nessas cinco temporadas foram tantos personagens interessantes, é difícil não citar Giancarlo Esposito um ator genérico do Obama, que mostrou que os melhores bandidos são aqueles que se escondem entre nós. Tivemos também Jonathan Banks como o experiente capanga Mike que se mostrou bem mais humano que seus patrões, e o cruel Tio Salamanca (Mark Margolis) e seu irritante DING DING, e por final e não menos importante o advogado picareta Saul Goodman (Bob Odenkirk) um dos meus personagens preferidos na série e que vai ganhar um Spin-off.
Resumindo, Breaking Bad é uma série assim como “Sopranos” e “A sete palmos” que foram tão boas que quase não é possível lembrar-se de episódios ruins, e que serviu ainda para colocar Vince Gilligan no hall dos melhores criadores de séries. Sobre um final após somente 5 temporadas e com a série no auge, só devo dizer que é sempre bom ver como alguns sabem lidar com o sucesso, afinal “Dexter” e “Lost” são provas claras de nem sempre o que é bom dura para sempre.
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