Que as empresas fazem as coisas sempre buscando algo em troca não é uma novidade. Aprendi algum tempo no curso de Pós-Graduação, que não vivemos num mundo de magia em que as empresas contribuem para a sociedade sem ganhar algo em troca, porém, existe um limite para essa relação, um ponto em que as empresas deixam de contribuir e se tornam parasitas que usam as pessoas e depois as descartam.
“O Jardineiro Fiel” é um exemplo tenebroso que usa a “distante África” como pano de fundo para mostrar como uma inescrupulosa empresa farmacêutica explora a população usando como disfarça a nobre intenção de ajudar a combater as doenças do país, quando na verdade está testando medicamentos em mulheres e crianças.
Sempre que vejo essa relação dos governos com essas ações deploráveis, me assusto. São vários os filmes que apontam o lado podre da ONU dos EUA e Inglaterra, que parecem sempre se vender como defensores do mundo mas que na verdade tapam os olhos quando lhes interessa.
Achei o longa interessante, porém muito confuso em certos momentos. Por ser um tema delicado, as idas e vindas no tempo dos personagens principais confundiam um pouco na hora de compreender o todo da história. O seu desfecho é muito triste, e acho que ele queria atingir alguém, mas faltou mirar no alvo certo, ficou só uma insinuação sem apontar no rosto de ninguém. Talvez se tivesse um pouco mais de coragem para pelo menos falar no final alguns dados sobre a situação dos laboratórios na África daria um pouco mais de protesto a situação.
Escrito por Fábio Campos
0 comentários:
Postar um comentário