Filmes de guerra bons para mim são aqueles que mostram a realidade do que aconteceu durante a batalha sem medo de chocar. “Terra do Amor e do Ódio” consegue fazer isso facilmente. Os quinze minutos iniciais tem várias cenas que conseguem passar o inferno que deve ter sido o momento que aquelas pessoas viveram.
Na história somos apresentados a Ajla (Zana Marjanovic), uma muçulmana que vive com sua irmã e seu sobrinho e tem uma queda por Danijel (Goran Kostic). Durante a guerra da Bósnia eles são colocados de lados contrários: enquanto ela luta para sobreviver em meio a estupros e mortes de pessoas que ela conhece, ele tem que seguir os passos do seu pai, o general Nebojsa (Rade Serbedzija), e liderar os soldados, mesmo se sentido contrariado em relação aos motivos da guerra.
Apesar de não ter atores conhecidos, e de nenhum deles ser excelente, eu achei bem mais crível que usar atores americanos, falando em inglês para contar uma história em outro país. Além disso, não achei que nenhum deles tenha comprometido tanto o desenvolvimento da história. Não é uma obra excelente, mas vale a pena ver para ter noção do genocídio que aconteceu na guerra da Bósnia, situações como essa não podem ficar apenas nos museus ou escondidas em livros antigos.
Uma curiosidade sobre o filme é que o roteiro e direção é da Angelina Jolie. Tendo em vista o engajamento político que o filme tem, fica evidente em diversos momentos que ela sendo uma pessoa preocupada com situações como essa, usou a história como uma forma de manifesto. O resultado não foi excelente, mas, foi muito interessante sobre o ponto de vista social.
Escrito por Fábio Campos
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