Hoje em dia muito se fala sobre as mudanças da relação entre homem e mulher, como isso, de certa forma, evoluiu para alguns e para outros as coisas continuam do mesmo jeito ou até mesmo piores.
Porém, temos que concordar com uma coisa em relação a tudo isso, as mulheres de hoje em dia não são nem um pouco parecida com as de antigamente, que viviam para serem resgatadas, sendo apenas donas de casa, mesma coisa os homens que de trogloditas sem coração se tornaram mais emotivos, e perderam um pouco de sua frieza.
“Força Maior” consegue, em seu enredo, surpreender com uma trama bem construída, relatando o caso de uma família de classe média alta que vai passar o final de semana em família nos Alpes franceses, mas o que era para ser um final de semana comum, cheio de harmonia, acaba se transformando em outra coisa, quando uma ameaça de avalanche faz com que Tomas (Johannes Kuhnke) tome uma atitude um tanto quando surpreendente em relação a sua família.
O que impressiona no longa, além da trama que para alguns pode parecer arrastada, é a forma como o papel do homem dentro da família é discutido, também é interessante reparar em como esse homem que nasceu nos anos 70/ 80 é retratado, seria Tomas um exemplo dessa geração?
Essa pergunta, e também a relação do instinto de sobrevivência com a atitude do protagonistas, são alguns dos pontos que gostei no filme. O diretor Ruben Östlund conseguiu, com uma situação no mínimo curiosa, criar várias vertentes para se discutir e também soube fazer os personagens se desenvolverem de maneira interessante, sem pintar ninguém claramente como certo ou errado em seu ponto de vista.
A cada momento somos levados a enxergar um pouco o que os personagens pensam sobre o assunto, e até nos faz pensar o que faríamos na mesma situação. Será mesmo que a resposta mais “altruísta” é que nos guiaria? Com certeza uma ótima pedida para quem quer assistir uma produção fora do eixo e que nos faz pensar mais profundamente
Nota do Fábio Campos – 8,0
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