Ter uma banda de prog rock é um dos grandes desafios nos dias de hoje em que a música é consumida quase como balas de M&M e tem a duração de uma ejaculação precoce, quando esse artista resolve ser underground ou não seguir regras ai tudo piora e pode até degringolar para rumos broxantes tipo o post rock ou o excesso de solos do prog metal.
Crippled Black Phoenix é uma mistura de várias cabeças e coloca várias nisso, pois a banda já teve uma dúzia de músicos, sempre funcionando como uma união de amigos que buscam um som mais desafiador e sem se prender a estilos.
Com seu novo disco No sadness or farewell já tomamos um soco na cara na primeira faixa, uma mistura dos melhores momentos do Animals do Pink Floyd com passagens quase hard anos 70 na ótima How we rock.
Aliviando e dando espaço para respiros, Hold on (So goodbye to all of that) traz um ritmo viajado e se aproximando mais de bandas tipo Cathedral, atual diga se de passagem e o ótimo Anathema fornecendo uma cama sonora necessária para a viajadissima What have we got to lose, uma sucessão de barulhos que desembocam num som muito próximo do Sigur ros!
O disco finaliza em Long live independence uma faixa muito bem construida que tem ares de rock alternativo dos anos 90, se isso for possível dentro das areias prog.
O CBP é uma daquelas bandas que precisa ser ouvida com cuidado e calma, pois assim para assimilar essa pedrada cheia de constrastes.
Escrito por Rodrigo Moia
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