Quando soube do lançamento do novo CD do Foo fighters e como o mesmo seria feito fiquei pasmo, com o quão criativo e genial o senhor Grohl pode chegar a ser!
Todo gravado em sistema analógico Wasting Light é o rock voltando à garagem literalmente, vide Burning Bridge que parece mais uma faixa saída dos muquifos distantes aonde tocavam Mc5 e Stooges.
A canção Rope que foi o primeiro single (White limo foi mais uma brincadeira do que uma música de trabalho, apesar de ser excelente), tem camadas de guitarras e barulho, mas como existe o toque de genialidade de Grohl a faixa tem aquele refrão que ficará na sua cabeça por dias e dias, e talvez seja ai que os Foo´s saem à frente de qualquer banda, pois conseguem unir o barulho e de certa forma a trilha independente com o pop sem soar blasé ou vendido e para perceber isso ouça Dear Rosemary (com participação discreta, porém essencial de Bob Mould) e tente ficar sem cantarolar o refrão.
Wasting light guarda o melhor (como se fosse possível) para o final, com as duas fantásticas e arrisco dizer melhores faixas de rock do ano, I should have known (Com Krist Novoselic do Nirvava) e Walk que carregam nos bons riffs e refrãos um deleite aos amantes do bom e velho rock n roll.
Após quase 50 minutos do mais puro e genuíno rock a sensação que fica é de querer mais e mais dessa avalanche sonora chamada Foo Fighters, absurdamente bom.
Depois de ouvir, ouvir e ouvir mais um pouco Wasting Light passei para o documentário Back and forth, contando a história do Foo fighters e como foi gravado o último disco.
Ver o começo da banda é lembrar-se da sensação que tive quando vi o clipe de I´ll stick it around na MTV pela primeira vez, logo de cara pintou aquela simpatia pela banda do “ex-baterista do Nirvana”.
Ao contrario de outras bandas que trocam de integrantes muitas vezes antes de assinar um contrato, a carreira do Foo Fighters foi um reality show onde os fãs eram telespectadores das constantes mudanças de integrantes e aí moram as histórias tensas do documentário, a saída sem explicação de Willian Goldsmith ou a demissão súbita de Franz Stahl dão um tom até dramático que só perde para a overdose do falante Taylor Hawkins que quase levou a banda a um fim, só por isso devemos dizer o quão forte e obstinado Dave Grohl é perante tantos percalços.
Back and Forth trabalha bem e de forma leve, sem ser cansativo, começamos com o fim do Nirvana e caímos em Wasting Light com o mesmo prazer inicial, talvez seja pela vibração excelente que temos ao ver o processo de gravação do último disco, onde familiares e amigos participaram de maneira ativa, destaque para a filha de Dave, que o chama para nadar e brincar e o músico atende prontamente.
Dois trabalhos fundamentais para quem ama o rock.
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