Arriscado. Com certeza essa seria a opinião de qualquer um que fosse ler o roteiro do filme "A vida de Brian", apesar de bancado pelo famoso e muito engraçado Monty Python. Polêmica é o que não falta nessa obra que conta a história de um judeu/romano chamado Brian que infelizmente nasceu no mesmo dia que Jesus Cristo.
Se hoje em dia mexer com religião é complicado,que diga o cartunista que desenhou Maomé. Naquela época o tema também era tabu e a sátira ainda envolvia um símbolo do cristianismo.
Tirando toda a polêmica de lado, o filme é extremamente bem humorado com sacadas muito boas. Graham Chapman está perfeito no papel do azarado Brian e também aparece no filme interpretando outros personagens como "Pintus Imensos".
Porém, não pense que o filme nos entrega só o humor sem nada por trás como as comédias de hoje em dia. A grande observação escondida no filme é sobre a relação entre o homem e a religião, afinal na minha opinião os momentos mais engraçados do filme são quando se zomba da alienação do povo. Um exemplo muito bom disso é na cena que, com todos acreditando que Brian é um Messias, o persegue pelas ruas e todos os seus atos são interpretados como mandamentos divinos, inclusive a cômica cena em que ficam decidindo o que significa uma sandália que o personagem deixou para trás.
Um clássico da comédia e com certeza uma das que marcaram época e elevarem o status do grupo Monty Python é uma boa dica. Uma curiosidade sobre o filme é que ele só foi levado aos cinemas graças a intervenção do Beatle George Harrison e sua produtora HandMade Films.
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