SUCOS DO RODRIGO - Um soco chamado Oasis
Os Anos 90 foi uma época legal, estava no colégio, tudo era festa, farra e despreocupação. E a música de certa forma acompanhava isso, não queria algo que me fizesse pensar e sim que dissesse o que eu sentia.
Nessa mesma época no meu aniversário de 12 ou 13 anos não me lembro ao certo, ganhei da minha mãe algo que considero até hoje o instrumento decisivo para a minha maneira de saber o que é música e os efeitos dela sobre o ser humano.
Em uma atitude que somente mães tomariam ela foi pesquisar em revistas (Lembra da Bizz?) qual era a banda do momento, quem era o artista hot 100 daquele instante e ela descobriu uma banda que tinha influências gritantes de Beatles, nessa hora não pensou duas vezes, foi até uma loja e comprou Definitely Maybe do Oasis.
Quando fui abrir o presente ela toda feliz se sentindo a mãe mais antenada do mundo, disse que essa era a banda mais ROQUIEMROU do momento, típico de uma senhora na casa dos seus 40 anos, mas sabe de uma coisa, ela tinha TODA A RAZÃO!
Ao apertar o play tomei um soco sem precedentes, me perdi na seqüência das músicas, pois todas eram interligadas pelo barulho e letras que pingavam acidez. Ouvi naquela noite umas 20 vezes o disco, pois não acreditava que alguém teria o culhão de dizer que sua religião era cigarros e álcool.
O Definitely Maybe até hoje é um disco impar, imutável, mas naquele momento ele foi o disco que me transformou, ele falava sobre as meninas loucas que conheci na minha adolescência, dos meus amigos que às vezes bebiam e não se levantavam, do meu professor escroto, do “prazo de validade” que nossa vida tem e por isso temos que aproveitar o máximo possível, em poucas palavras o Oasis foi meu guia.
O auge da provocação “Oasisiana” foi quando usava as letras daquele disco em cadernos e cartas, uma vez coloquei Cigarettes and Alcohol numa redação como forma de expressão do que eu queria para a minha vida (Detalhe maior aí, era que só fui fumar meu primeiro cigarro com 15 anos e parei pouco tempo após, Noel me perdoa?), isso sem falar de um término de namoro ao qual eu coloquei a letra de Married with Children na carta para a garota (Aquele “There´s no reason for you to say I´m Sorry, Goodbye I´m going home” deve ter doido muito na menina a qual não me recordo o nome!).
Lógico que, após esse disco teve um Standing on the Shoulder of giants que me disse sem dó ou pena que o mundo era uma grande merda e que todos e tudo estavam contra mim! Por isso, obrigado mãe, pelo melhor “soco” que tomei na vida...Ele me definiu...Talvez?
Comentário escrito pelo nosso colaborador Rodrigo Moia
Nessa mesma época no meu aniversário de 12 ou 13 anos não me lembro ao certo, ganhei da minha mãe algo que considero até hoje o instrumento decisivo para a minha maneira de saber o que é música e os efeitos dela sobre o ser humano.
Em uma atitude que somente mães tomariam ela foi pesquisar em revistas (Lembra da Bizz?) qual era a banda do momento, quem era o artista hot 100 daquele instante e ela descobriu uma banda que tinha influências gritantes de Beatles, nessa hora não pensou duas vezes, foi até uma loja e comprou Definitely Maybe do Oasis.
Quando fui abrir o presente ela toda feliz se sentindo a mãe mais antenada do mundo, disse que essa era a banda mais ROQUIEMROU do momento, típico de uma senhora na casa dos seus 40 anos, mas sabe de uma coisa, ela tinha TODA A RAZÃO!
Ao apertar o play tomei um soco sem precedentes, me perdi na seqüência das músicas, pois todas eram interligadas pelo barulho e letras que pingavam acidez. Ouvi naquela noite umas 20 vezes o disco, pois não acreditava que alguém teria o culhão de dizer que sua religião era cigarros e álcool.
O Definitely Maybe até hoje é um disco impar, imutável, mas naquele momento ele foi o disco que me transformou, ele falava sobre as meninas loucas que conheci na minha adolescência, dos meus amigos que às vezes bebiam e não se levantavam, do meu professor escroto, do “prazo de validade” que nossa vida tem e por isso temos que aproveitar o máximo possível, em poucas palavras o Oasis foi meu guia.
O auge da provocação “Oasisiana” foi quando usava as letras daquele disco em cadernos e cartas, uma vez coloquei Cigarettes and Alcohol numa redação como forma de expressão do que eu queria para a minha vida (Detalhe maior aí, era que só fui fumar meu primeiro cigarro com 15 anos e parei pouco tempo após, Noel me perdoa?), isso sem falar de um término de namoro ao qual eu coloquei a letra de Married with Children na carta para a garota (Aquele “There´s no reason for you to say I´m Sorry, Goodbye I´m going home” deve ter doido muito na menina a qual não me recordo o nome!).
Lógico que, após esse disco teve um Standing on the Shoulder of giants que me disse sem dó ou pena que o mundo era uma grande merda e que todos e tudo estavam contra mim! Por isso, obrigado mãe, pelo melhor “soco” que tomei na vida...Ele me definiu...Talvez?
Comentário escrito pelo nosso colaborador Rodrigo Moia