Cake é claramente, para mim, uma tentativa da Jennifer Aniston de fazer o que o Matthew Mcconaughey fez com sua carreira, que antes era repleta de comédias românticas e longas no qual ele acabava sem camisa, para se tornar um ator interessante e vencedor do Oscar. O que a Jennifer tem que entender é que esse caminho é longo e necessita de muito esforço, e que terá de desistir um pouco de ganhar grana com filmes em que praticamente reprisa seu papel da Rachel do seriado Friends.
Deixando para lá minha opinião quanto a sua carreira, Cake é um filme interessante, e assim como vem se tornando um padrão nas produções recentes, explora uma doença ou condição física para desenvolver a história ou para auxiliar na interpretação de uma atriz ou ator, vide “A teoria de tudo” e “Para sempre Alice”. Aqui, Aniston interpreta Claire, uma mulher que sofreu um acidente e acabou ganhando, além de diversas cicatrizes, uma condição permanente de dor, além desse problemas ela ainda tem que lidar com a perda do seu filho, o termino do casamento e a sua busca por uma motivação de viver.
Creio que um dos maiores problemas do longa, e que você pode constatar pela sinopse que fiz, é sua infinidade de plots. Apesar da ótima atuação da Jennifer Aniston, que consegue realmente nos passar a impressão que está com dor o filme todo, na parte de desenvolvimento de personagem acaba sendo limitada por um roteiro que parece não saber aonde quer chegar, existem tentar pontas soltas no longa que fica difícil saber para onde ele quer se desenvolver.
O subtítulo “Uma razão para viver” que deram ao longa na tradução do Brasil entrega um pouco da proposta do filme, porém ele só começa a fazer mais sentido quase ao final da trama, culpa do roteiro confuso que não sabia exatamente o que explorar, se era a relação da protagonista com a empregada, ou com o marido da mulher que se matou, ou com seu ex-marido, ou com as pessoas do grupo de apoio... Não sei a história por trás da produção do filme, mas em certos momentos pareceu que muitas cenas foram cortadas.
O filme é interessante, porém não me pareceu ser o papel da vida da Jennifer Aniston, e, além disso, me deu a impressão de que o diretor Daniel Barnz foi muito preguiçoso e achou que só a atuação da atriz iria salvar todos os problemas do longa, uma pena que não deu certo.
Nota do Fábio Campos – 6,0
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