A Ilha do Medo. Ótimo Filme! Mas até onde você entendeu toda aquela bagunça "senatoria" - policial - conspiratória?
Dessa vez, amiguinhos, tentarei ser breve na explicação para evitar ainda mais embaraços neuroniais.
Teddy Daniels e seu companheiro do FBI chegam ao hospital psiquiátrico Shutter Island Ashecliffe Hospital com a missão de investigar o desaparecimento de uma paciente que, misteriosamente, sumiu de sua cela sem explicações.
Com o passar do tempo descobre-se que o real motivo de Teddy estar lá não é, apenas, esse desaparecimento mas, também, para encontrar o assassino de sua mulher.
Ok apertemos o botão e vamos parar mais a frente do filme, a parte que realmente interessa. Teddy está sentado no farol, crendo fielmente que tudo não passa de um plano maligno aos moldes das antigas experiências nazistas que tem como objetivo se utilizar de humanos para testes laboratoriais. Crê que está sendo levado, por artifícios psiquiátricos, a acreditar que também é um louco e que, sendo atestado como tal, seria mais uma vítima desse plano vil. E pinba! É todo o contrário. Tudo que acabamos de assistir nas últimas duas horas eram encenações de todos os integrantes do corpo de funcionários do hospital para que, recriando o conto esquizofrênico que Teddy mantém em sua cabeça (como paciente há anos), possam-no fazer "cair na real". Ter um choque aos descobrir o desmanche de sua realidade. E, de certa forma, depois de muito insistir, isso dá certo. Ok, essa é a primeira parte difícil de compreender. Não por ser difícil entender, mas por nos negarmos a acreditar em tudo isso, por termos sido levados a crêr, o filme todo, na rede conspiratória.
Agora a segunda parte. Teddy está sentado à porta do hospital, seu psiquiatra ao lado tenta conversar com ele, diagnosticar se todo o processo de fato surtiu efeito (uma vez que, se não fosse dessa vez que a melhora fosse diagnosticada, por seu histórico de recaídas à esquizofrenia após tratamentos, ele seria lobotomizado) Teddy, do nada, se levanta e volta a questionar a realidade. "- Oh! Bum, ele enlouqueceu novamente, que merda!" É isso que pensaram? Bom, deixe-me expor minha visão. Essa afirmação de Teddy é dada após um frase de muita importância e antes de um aceno de cabeça ao diretor do hospital, como uma afirmação, uma aceitação. A Frase era um questionamento que dizia mais ou menos assim: "O que é melhor, viver num mundo de loucura ou ser são sabendo de sua monstruosidade?", Teddy ao se deparar com toda a verdade de sua história, portanto, aceita a lobotomia como um modo de esquecer, para sempre, o que o levou à loucura. Não é uma ascensão à verdade, é a fuga da mesma como ascensão da alma.
Esse artigo foi escrito pelo nosso colaborador Luiz Fernando Pierotti, que sempre está atento nos mistérios dos filme.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
FALTOU UM PEDAÇO. - Ilha do Medo
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